O Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (LIRAa), realizado neste mês de julho, revela que 12 municípios sergipanos apresentam índice elevado de infestação para o mosquito da dengue, zika e chikungunya. O estudo também mostra que 51 municípios estão em situação de média infestação e que outros 12 listam satisfatoriamente no levantamento. O LIRAa mede a presença do vetor nas localidades pesquisadas, utilizando uma escala como medida de avaliação e monitoramento. O índice satisfatório vai de 0 a 0,9; o de média infestação de 1,0 a 3,9 e o de alto risco acima de 4,0.
(Foto: arquivo/SES) |
Para a gerente do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá, o resultado deste quarto levantamento do ano foi surpreendente, haja vista o tempo chuvoso e as temperaturas amenas. “Não é natural que tenhamos neste período tantos municípios com índices elevados para o Aedes. Isso porque, as chuvas destroem boa parte dos reservatórios de larvas, enquanto as baixas temperaturas proporcionam a ampliação do ciclo biológico do vetor, do ovo à fase adulta”, explicou.
Sidney Sá alerta os municípios e a população para o aumento atípico dos índices de infestação e do número de casos de dengue, zika e chikungunya. Até este mês de julho foram contabilizados 1.094 casos confirmados de dengue, contra os 238 de todo o ano passado, revelando um aumento de 359.7%.
Em 2021, foram somados 1.008 casos confirmados de chikungunya, número que saltou para 1.534 no primeiro semestre deste ano, representando um crescimento de 52,2%. Em relação à zika, houve uma queda de 37,6% em relação a 2021, quando foram registrados 69 casos contra os 43 deste ano, conforme dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Para enfrentar o avanço do Aedes, a Secretaria de Estado da Saúde planeja para o mês de agosto a retomada das do controle vetorial na sua fase adulta, através do uso do carro fumacê nos municípios onde o índice de infestação está alto. “Para utilizarmos esse recurso de combate avaliamos dois critérios: a presença do vetor e o número de casos”, disse a gerente do Núcleo de Endemias, acrescentando que o uso do carro fumacê é uma ação complementar ao trabalho realizado pelos municípios, a quem cabem fazer a visita domiciliar e a destruição dos criadouros.
Fonte: SES
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