Equipes conhecem e discutem projeto do alojamento da Vale em Capela |
Na manhã de hoje (8), técnicos da Vale e da Universidade Federal de Sergipe estiveram em Capela para iniciar as discussões do que pode ser uma parceria entre a UFS e a empresa de mineração, voltada à construção do Campus de Engenharia no município. O encontro foi pleiteado pelo prefeito Manoel Messias Sukita Santos (PSB), que enxergou a possibilidade dessa parceria, uma vez que em conversa com a direção da Vale, a empresa mostrou sua planta para a construção de um alojamento para 3.500 trabalhadores. Os operários irão atuar no projeto Carnalita, que prevê um investimento de 4 bilhões de dólares na região.
“Essa cidade é nos moldes da que foi construída pela Chesf em Canindé do São Francisco. Só que em Capela, ao invés dela ficar ociosa após a sua utilização, nós demos a ideia de otimizá-la para que a sua construção já seja de acordo com as necessidades da Universidade Federal de Sergipe. A diretoria da Vale recebeu muito bem essa nossa ideia, assim como o magnífico reitor Josué Modesto. E hoje, conseguimos reunir as duas equipes de engenharia para por em prática essa importante parceria não só para Capela, ou para a região Norte, mas para Sergipe e para o Brasil”, frisou Sukita.
Engenheiros da UFS e da Vale realizaram visitas técnicas em áreas no município |
“Uma decisão final cabe ao reitor, mas lógico que uma parceria com a Vale é muito bem vinda, pois haveria uma economia muito grande para a UFS com o custo de construção do Campus a partir do aproveitamento da estrutura que já vai estar pronta. Acredito que nós teremos aí um grande avanço, e ganhamos em torno de 3 a 4 anos”, estima Jorge Antônio.
VISITAS
Área escolhida foi considerada excelente para a construção do empreendimento da Vale |
“Trata-se de uma área excelente. É um platô, próximo de uma estação de captação de água, de energia, em frente a uma rodovia, enfim, não tem nem o que se discutir. Agora, vamos sentar com o pessoal de engenharia da UFS para procurarmos adaptar nosso alojamento para que depois ele seja aproveitado para o Campus de Engenharia”, avaliou José Roberto.
Frederico Osório também ficou satisfeito com o que viu e afirmou que a área apresentada atende aos interesses da Vale. Para ele, a possibilidade do aproveitamento da estrutura da companhia para um campus de ensino é algo que é visto como positivo para a empresa. “Para a imagem da empresa é algo positivo porque esse convenio é justamente uma das crenças da Vale, que é buscar desenvolver as comunidades próximas aos nossos empreendimentos. É uma ideia que casa muito bem com o nosso propósito”, observou o engenheiro.
Na opinião de Edilson de Araújo, o projeto de Capela atende a todos os objetivos traçados pela Universidade Federal de Sergipe, a começar pela interiorização. “O segundo é desenvolver novas áreas de engenharia, que é a maior demanda que existe hoje, especificamente aqui na região. Temos pressa para a formação de novos engenheiros e se a UFS pudesse, começaria isso imediatamente, só que a construção de um campus é muito complexa. Logicamente que se a Vale nos der a estrutura física, esse apoio é muito bem vindo. A partir de agora, tudo irá depender das avaliações dos dois departamentos de engenharia”, frisou o coordenador geral de projetos da UFS.
POSITIVO
Para o prefeito de Capela, o encontro não poderia surtir um efeito melhor, uma vez que a universidade e a Vale tiveram o mesmo entendimento em relação à viabilidade técnica e econômica do projeto ser executado no município. “Acredito que a partir de agora a sociedade sergipana não terá mais dúvida sobre qual região reúne as melhores condições para a implantação do campus. Agora é uma questão de planejamento”, analisou Sukita.
Na opinião do gestor, além das fábricas, das usinas, da exploração de petróleo no Campo de Carmópolis, da duplicação da BR-101, do porto, do pólo de fertilizantes e da Fafen, a região se justifica em receber o novo campus por abrigar hoje o maior volume de investimentos públicos e privados da história de Sergipe.
“O projeto Carnalita da Vale, os investimentos de 600 milhões de reais da Petrobras e a duplicação da fábrica da Votorantim irão gerar uma demanda enorme por mão-de-obra especializada. Por essa razão, não podemos aceitar que esses empreendimentos na região Norte importem profissionais por falta de uma universidade. O que estamos defendendo é a geração de empregos para sergipanos, não para Camaçari, na Bahia. Além disso, a região Norte, por si só, dará a sustentação econômica e norteará o desenvolvimento do Estado pelos próximos 50 anos”, ressaltou Sukita.
Fonte: T. DANTAS COMUNICAÇÃO, CONSULTORIA E MARKETING
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