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terça-feira, 5 de abril de 2011

Portal IG: Zé Eduardo Dutra se desentendeu com Déda

A licença de José Eduardo Dutra (SE) da Presidência do PT fomentou ainda mais a disputa interna no partido e nas suas bancadas no Congresso. Há divisões até mesmo dentro das disciplinadas correntes internas, sobretudo na majoritária Construindo Um Novo Brasil – a mesma do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos bastidores, setores do PT já falam numa possível substituição definitiva de Dutra.

Atualmente, o partido está sob o comando do deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), que é o primeiro vice-presidente. Durante a campanha de Dilma Rousseff, ele aumentou o número de desafetos ao se desentender com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel sobre as estratégias de campanha. É por esse motivo que a maioria não deseja ver estendida interinidade de Falcão na presidência do PT.

Licença de Dutra

Há dez dias, Dutra pediu licença do partido para se tratar de uma hipertensão provocada por estresse. Ainda durante a campanha de Dilma Rousseff, ele já havia passado mal durante uma reunião e precisou de atendimento durante uma reunião partidária. Dutra foi um dos coordenadores da campanha ao lado dos atuais ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Antonio Palocci (Casa Civil).

Dutra foi o único a não ganhar um ministério. Seu projeto era voltar para o Senado, onde exerceu mandato entre 1995 e 2002. Para tanto, era preciso que o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) fosse nomeado ministro. Dutra é o primeiro suplente do socialista, que chegou a ser cotado para as pastas do Turismo e da Micro e Pequena Empresa.

Valadares, no entanto, acabou não sendo indicado pelo PSB e Dutra teve de seguir à frente do PT. Como atuou como coordenador de campanha, coube a ele negociar com os demais partidos. De janeiro para cá, Dutra continuou sendo pressionado por siglas que querem cargos no segundo escalão. As nomeações ainda estão emperradas.

Segundo o iG apurou, Dutra se desentendeu até com o colega Marcelo Déda (PT), governador de Sergipe. A amigos próximos, o presidente do PT disse estar frustrado com o relacionamento com o governo. Para tentar se recuperar do estresse, ele tem evitado atender telefonemas. O iG tentou falar com ele, mas também não conseguiu.

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