A licitação para realização das obras foi interrompida e o novo processo de escolha da empresa que vai assumir o término da reforma será aberto no início de 2011. Enquanto isso, o local que deverá abrigar o 8º Batalhão da PM e a base do Pelotão Ambiental continua trazendo riscos para a população.
Após quatro anos sem uso, o terminal hidroviário serve de abrigo para usuários de drogas, é o que informam pessoas que trabalham na área. O pintor João Henrique comentou que o local tem sido invadido com frequência. “Está demorando muito para terminar, ainda mais que a obra vai trazer uma coisa boa para a gente, que é maior segurança. Tem muito marginal que usa esse espaço aí”, disse.
O vendedor Fabiano Santos diz que o problema maior das obras paradas é a falta de segurança no Centro, principalmente à noite, depois do expediente comercial. “A gente vê algumas pessoas que se abrigam na parte de trás do hidroviário ou então embaixo da balaustrada do rio. Imagino que seja para usar drogas ou então se esconder de alguém. Coisa boa é que eles não devem
fazer ali”, contou o vendedor.
Para o aposentado Dionísio Freitas, além da insegurança, a demora para concluir a reforma do antigo terminal hidroviário também prejudica a imagem da cidade e da região central. “É feio para o turista vir até o mercado e passar em frente àquela obra que nunca fica pronta, principalmente para aqueles que visitam a cidade com mais frequência”, afirmou Dionísio.
Licitação
O assessor de comunicação da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Flávio Lima afirmou que as obras foram interrompidas por desistência das empresas contratadas e uma nova licitação deve ser aberta no início do ano. “A obra já está adiantada. Já foram feitos serviços na fundação e também já foram levantadas paredes internas. Vamos trabalhar para que a obra seja concluída o mais breve possível”, afirmou.
A primeira licitação realizada pela SSP foi cancelada porque as duas empresas cadastradas desistiram da obra. A empresa vencedora da licitação, Araújo Costa Engenharia e Representações, chegou a executar parte da obra, mas desistiu de dar continuidade ao projeto após problemas no repasse de recursos. A segunda colocada no processo licitatório, RM Construções, também não aceitou terminar as obras.
Na placa instalada no local da obra, a informação é de que o prazo para conclusão da reforma é de 120 dias, que devem ser contados a partir do reinício das obras. O investimento previsto para a revitalização do antigo hidroviário, que possui uma área total de 1,3 mil metros quadrados, é de mais de R$ 1,3 milhão. Serão reformados 1.036 metros quadrados da área construída e haverá uma ampliação de 156 metros quadrados.
O prédio, que perdeu sua utilidade após a construção da ponte ligando Aracaju à Barra dos Coqueiros, teve as balsas de passageiros desativadas em 2006. No local, serão instalados banheiros, recepção, alojamento, vestiários e salas de armamento e custódia. As rampas de acessos às embarcações também serão melhoradas. O pavimento superior do prédio será ampliado e haverá reforço em toda a estrutura de sustentação.
Texto: Fernando Pires / Foto: Jorge Henrique
Jornal da Cidade
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