Seis carroças representaram o apocalipse que alguns professores estão vivendo nos municípios de Rosário do Catete, Aquidabã, Cristinápolis, Aracaju e São Cristóvão.(Divulgação) |
Os professores sergipanos mostraram mais uma vez a sua capacidade de luta. Nem a chuva atrapalhou a Marcha da Indignação, ato final dos três dias da greve nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE. “Estamos aqui na luta por uma escola pública de qualidade social para todos. Seja para os filhos do empresário, seja para os filhos do trabalhador”, disse Angela Maria de Melo, presidenta do SINTESE.
A greve nacional está inserida dentro da programação da 14ª Semana Nacional de Defesa e Promoção da Educação Pública que teve em 2013 os pontos de pauta: cumprimento da lei do piso; 100% dos royalties do petróleo para a Educação; 10% do PIB no Plano Nacional de Educação e sua imediata aprovação; Regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho e Profissionalização dos Funcionários da Educação.
No último dia da greve, Sergipe foi o único estado a realizar uma marcha e como sempre trouxe as pautas de reivindicação e a realidade da escola pública sergipana de forma irreverente.
Cumprimento da lei do piso
Até agora 40 municípios aplicaram o reajuste de 2013 no salário dos professores. Nos demais o sindicato ainda está em processo de negociação. Desde a aprovação da lei do piso (11.738/2008) somente o município de Salgado não implantou-a.
Na rede estadual os educadores estão há 2 anos sem reajuste e aguardam um posicionamento do governo. “Apesar da nossa insistência, só tivemos o silêncio, é preciso que o governo do Estado negocie com os professores e cumpra com a lei do piso. A busca por recursos para Sergipe é importante, mas a valorização dos professores também é”, aponta a presidenta.
Durante a marcha os educadores apresentaram o “pisômetro” que marcava “481 dias sem reajuste do piso”
Os professores de São Cristóvão que tiveram os salários cortados e boa parte deles sem receber a remuneração dos meses de março e abril. (Divulgação) |
Carroças do Apocalipse
A irreverência, como sempre, fez parte da marcha. Seis carroças representaram o apocalipse que alguns professores estão vivendo nos municípios de Rosário do Catete, Aquidabã, Cristinápolis, Aracaju, educadores da rede estadual. Entre eles os de São Cristóvão que tiveram os salários cortados e boa parte deles sem receber a remuneração dos meses de março e abril.
Aposentados
Os professores e professoras aposentados tiveram uma ala durante a marcha. Na pauta a paridade e integralidade dos salários sempre.
Cultura
Grupo de dança, pernas de pau, maracatu e o grupo Tambores da Esperança também levaram para as ruas de Aracaju o protesto através da sua arte.
Ascom/Sintese
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