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| Laércio Passos desqualifica Vino como prefeito, o acusa de traidor e confirma sua pré-candidatura |
O ex-prefeito de Rosário do Catete, Laércio Passos (PR), confirmou, nesta quarta-feira 18, seu rompimento com o atual prefeito do município, Etelvino Barreto - o Vino (PMDB). Laércio, que foi o principal cabo eleitoral de Vino, o acusa de ser traidor. Laércio também comentou a declaração dada à imprensa por Etelvino, dando conta de que, agora, a cidade tem um prefeito homem. Láercio questionou que tipo de prefeito Etelvino quis se referir.
"Que é homem? É homem o quê? É homem brabo? É homem valente? É homem do sexo masculino mesmo que honra as calças? Como é que é esse homem aqui que eu não sei? Eu sou homem e gosto de honrar os meus compromissos, por que se eu não tivesse honrado os compromissos com o povo de Rosário não tinha me elegido por três mandatos. E inclusive já fiz dois sucessores, e um deles foi ele", jogou em rosto.
Sobre os R$ 26 milhões que os municípios de Rosário do Catete e Capela receberam da mineradora Vale, depois de uma longa briga judicial, cabendo a cada município R$ 13 milhões, o ex-prefeito revelou que desta quantia milionária apenas R$ 2 milhões estão nos cofres da prefeitura. "O dinheiro da Vale entrou e foi dividido. A Câmara aprovou e Sukita pegou a parte dele e deve ter investido bem, e está lá Capela para o pessoal ver. Já Rosário, acabou o dinheiro. A parte que ficou pra Rosário, hoje me parece que restam menos de R$ 2 milhões dos R$ 13 milhões que entraram nos cofres da prefeitura. E agora ele está atirado pedra para tudo quanto é lado. É contra governador, é contra Capela, é contra Tribunal de Contas por que acabou o dinheiro", denunciou.
Laércio afirmou que os investimentos provenientes do acordo financeiro com Capela ainda não apareceram na cidade. Ele observou que nenhum projeto novo foi criado pela atual administração. "O resultado desse dinheiro não apareceu ainda por que o que tem hoje de novo da gestão Vino são 70 casas que estão pra serem concluídas, doação de 60 óculos e 80 cestas básicas. Então, de novo não tem nada. Ele está é desmanchando o que está feito. Eu fiz um calçadão na entrada da cidade há seis anos atrás e ele está quebrando tudo. Então ele é prefeito para desmanchar. Eu tenho uma sorte. Derival eu apoiei, brigou comigo, eu fiz uma concha, uma espécie de teatro a céu aberto na cidade e ele foi e derrubou. Vino eu apoiei, me traiu e agora derruba o calçadão. Então a obra de Vino é destruir o que está feito", alertou.
O ex-prefeito afirmou que a população de Rosário hoje vive um clima tenso por causa do coronelismo do prefeito. "Vino criou e institucionalizou a profissão de fofoqueiro. Então, o que acontece: a maioria do pessoal de lá é carente e tem benefício da prefeitura. É uma cesta básica, é uma bolsa PIS. Como ele oficializou essa profissão de fofoqueiro, ou seja, leve uma fofoca e ganhe R$ 100,00, os motoqueiros ficam nas ruas fiscalizando quem fala mal dele, e ai ele manda chamar e dá carão. Lá o coronelismo voltou", criticou.
Resposta
Questionado sobre a pré-candidatura do atual prefeito, Láercio disse acreditar na inteligência do povo de Rosário. De acordo com o ex-prefeito, a resposta que Etelvino Barreto terá do povo virá das urnas em outubro. "A maior movimentação vai ser agora em outubro em que o povo vai dar a resposta. Eu tenho certeza que o povo de Rosário é um povo inteligente, sábio e saberá colocar cada um em seu lugar. Aquele que realmente trabalhou e que tem condições de voltar a trabalhar e de dá continuidade, e aquele que sempre usou o oportunismo, a ingratidão. Eu não tenho mágoas, rancores, sou um católico praticante, sou uma pessoa que me espelho na vida de Jesus Cristo que teve uma decepção por ter sido traído por Judas. Então ele é o Judas dessa história e você viu o preço que Judas pagou, então ele vai pagar", sentenciou.
Eleições 2012
Afirmando contar com o apoio de vários partidos, entre eles o PT do governador Marcelo Déda, Laércio confirmou sua pré-candidatura a prefeito de Rosário. "Sou pré-candidato até por que não somos donos da nossa vontade. Nós somos soldado de um grupo. Então, eu represento um grupo composto por alguns partidos, como o PSD, o PT do vice-prefeito Alex, o PSC, o PV, um agrupamento que me solicita que eu encabece essa chapa, esse movimento para poder ser pré-candidato. Estou à disposição do grupo para ampliar as nossas conversações e retomar de vez o crescimento e desenvolvimento de Rosário do Catete, que está parado", declarou.
Por Paulo Sousa
Edição:117
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