Hans Donner alerta os empresários brasileiros que dão pouco valor ao tema |
Responsável por cerca de 25 anos pelas aberturas de programas e vinhetas da Rede Globo, Hans Donnerdisse durante sua palestra na HSM ExpoManagement 2010 que é muito triste ver um país como o Brasil, que é alegre, rico e dinâmico, não valorizar o próprio design. “Brasileiros não apostam no talento brasileiro que jorra em qualidade. Preferem visitar a feira de móveis de Milão”.
Na opinião do designer, há algumas empresas no País que têm dado mais atenção ao assunto e estão desempenhando bem esse papel. Como exemplos, cita o Banco Itaú, a marca esportiva Topper e a área de design industrial. “O Steve Jobs está decolando por oferecer conteúdo, tecnologia e design”, afirmou.
Donner acredita que isso deve mudar. O designer considera que mesmo marcas como Google, Microsoft e Globo têm data de vencimento. “O que já foi moderno está velho. Brasília, a cidade mais nova do Brasil, é velha ‘pra’ caramba. Assim como tudo que fiz na Globo. Tudo tem tempo contado”, disse.
De acordo com o designer, foi um grande desafio colocar a cor prata na Rede Globo. Ele queria pintar os carros da frota da rede dessa cor, mas na época, a indústria automotiva não a usava. Foi falar com o Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho), que amou a ideia. “Prata era importante pois era moderno, tecnológico”.
Com a saída de Boni da Globo, Donner comentou que a rede de televisão ficou mais democrática, mas sente saudades do tempo em que trabalhava com o “big boss”. Ele dizia: quero o melhor do mundo. E Donner fazia. “Não porque eu era o melhor, mas porque juntava um monte de malucos para fazer o melhor”, disse o designer.
Em sua palestra na Estação de Conhecimento Brasil: Presença na Gestão que Dá Certo, Hans Donner destacou fatos engraçados de sua carreira. Um deles ocorreu no lançamento do programa TV Pirata, em que a abertura não havia ficado pronta a tempo. Por conta desse imprevisto, o apresentador Cid Moreira teve que conduzir o Jornal Nacional de modo mais lento para dar tempo de o material ir ao ar. “Fiquei mais de mil noites sem ver a cama”, afirmou. “Hoje, o que mais curto é saber que uma criança se encanta com o meu trabalho”, finalizou.
Fonte: movimentobrasilhsm
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