Ministério estuda financiamento e redução de impostos para beneficiar os provedores O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sinalizou ontem que o preço para a internet banda larga pode ser ainda menor do que vem anunciando o governo com o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), de R$ 35 para uma conexão de 512 kbps.
Para esse efeito, o governo vai interferir para ajudar os provedores de acesso com medidas que vão de linhas de financiamento a conversas com os Estados para redução de ICMS sobre serviços de telecomunicações. Representantes dos provedores estiveram ontem com o ministro e listaram diversas reclamações, incluindo as altas cargas tributárias, dificuldades de crédito e de formalização de pequenos provedores.
Essas empresas fazem a última etapa da conexão, ligando internet às casas. O governo vai criar uma linha especial de financiamento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com liberação do investimento por meio do cartão BNDES. Como contrapartida, o governo espera que os provedores ofereçam internet mais barata e de qualidade e que os pequenos provedores possam penetrar em regiões que não despertam interesse das grandes empresas. Paulo Bernardo quer fechar as propostas até maio. "Não podemos ficar aqui só negociando e negociando", disse.
Ele convocou as empresas a voltar com uma planilha com todos os custos e problemas que enfrentam o quanto antes. "Não é filantropia, queremos que os provedores tenham condição de fornecer internet a preços baixos."
SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA
Folha de São Paulo
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