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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

VENÂNCIO FONSECA CRITICA POSSÍVEL ARTICULAÇÃO DO GOVERNO CONTRA RADIALISTA.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), fez um pronunciamento efusivo na manhã de hoje, dia 10, criticando a posição governista, que tenta imputar ao radialista e ex-deputado Gilmar Carvalho a autoria de uma gravação feita no Palácio de Veraneio durante um almoço. Venâncio Fonseca argumentou seu discurso com base em uma matéria publicada nesta quarta-feira no Jornal da Cidade, sob o título “Para Chico, gravação foi encomendada por radialista”. De acordo com Venâncio Fonseca, a matéria noticia que a Procuradoria Eleitoral entrou com uma ação pedindo a cassação do registro do governador, Marcelo Déda e do vice-governador eleito, Jackson Barreto, assunto que sequer foi abordado na Casa Legislativa. “Mas depois que li uma matéria sobre este assunto vi que o governo já encontrou um bode expiatório, um culpado”, observou o deputado estadual. O parlamentar leu um trecho da matéria que informa que “o secretário de Estado de Articulação Política e Relações Institucionais, Francisco dos Santos, o Chico Buchinho (PT), afirmou que a gravação do áudio da reunião do governador Marcelo Déda com lideranças do interior no Palácio de Veraneio foi encomendada e paga ‘por um deputado radialista’ que havia sido convidado, não foi e mandou uma pessoa para gravar o encontro.

A gravação agora é uma das principais provas no processo que pede a cassação do governador Marcelo Déda (PT) e seu vice Jackson Barreto (PMDB)”, leu Venâncio. Venâncio Fonseca continuou lendo a notícia na íntegra: “Chico Buchinho disse ainda que a captação do áudio pode causar a perda de mandato que o governador e seu vice conquistaram nas urnas, e que ela foi uma ação planejada de um político que também trabalha como comunicador. ‘Tenho certeza que ele mandou gravar para que ele expusesse em seu programa no dia seguinte. Aliás, já identificamos a pessoa que gravou’, disse Chico em entrevista a uma rádio da capital.

O secretário preferiu não citar o nome do deputado que teria solicitado a gravação e a pessoa que ele teria designado para fazê-la, mas avaliou que houve um ‘furor sensacionalista na divulgação da reunião’. ‘Acho que esse ato foi mais do que uma falta de educação, foi falta de ética profissional e de zelo com a profissão’, continuou Chico. Ainda assim, ele avaliou que o teor da gravação não é uma prova contundente, e que o conteúdo veiculado ‘não tem nada demais do ponto de vista político’. Ele considerou que o governador também não cometeu irregularidade alguma e que a Procuradoria Geral da República cometeu um exagero ao obrigar o governador Marcelo Déda a ficar mais um mandato se defendendo na Justiça. ‘Foi feito apenas um almoço de confraternização para agradecer aos prefeitos e vices, e nem foi em período eleitoral. O pedido de cassação é um exagero, porque não existe motivo algum’, entende Chico”, concluiu a leitura da publicação. A matéria não informa em momento algum o nome do radialista citado, mas para o líder da oposição na Assembleia Legislativa, ficou claro que trata-se de Gilmar Carvalho. “Chico Buchinho deu um presente cruel ao governador. E aí quer transferir a responsabilidade para Gilmar Carvalho? Ele é um profissional do rádio. O governador tem que assumir que errou e Vossa Excelência (Chico Buchinho) também. Foi feito algo de errado lá, que não possa ser divulgado? Foi cometido algum crime que não poderia ser exposto? O secretário disse que o deputado mandou, já sabe quem pagou e quem gravou. O secretário está na função errada. Chico Buchinho tem que assumir a Secretaria de Segurança Pública.

Com certeza, ele seria grande investigador”, ironizou Venâncio Fonseca. Venâncio Fonseca acusou o governador Marcelo Déda de ter cometido crime eleitoral, já que, segundo o parlamentar, o governador usou a estrutura governamental para fazer campanha eleitoral antecipada ao oferecer almoço no palácio do governo. Para o deputado estadual, articulações governistas estão tentando inverter a situação acusando Gilmar Carvalho de ter a responsabilidade que não lhe cabe, o que foi classificado por Venâncio Fonseca como uma injustiça contra o radialista. “Se não houve nada de errado e nenhum crime eleitoral, qual é o problema em divulgar? Se querem triturar o radialista que ficou na primeira suplência e querem usar como desculpa esta gravação para que ele não assuma uma vaga na Asembleia Legislativa é injusto. Não façam isso, porque se algo aconteceu o culpado foi o secretario Chico Buchinho, que foi o idealizador do convite e o governador que aceitou e usou a palavra e fez campanha eleitoral. Mas não de Gilmar Carvalho, que fez uma gravação do que ocorreu no palácio. Ou esta gravação é mentirosa? Lá tem a voz do governador pedindo voto falando sobre reeleição, no palácio do governo, regado a camarão pistola. A gente faz um comício no sol, na feira, mas o governador faz no palácio e quem pagou fomos nós. E quem vai ser crucificado será Gilmar Carvalho”, criticou Venâncio Fonseca. O líder da oposição disse que o resumo das declarações dadas por Chico Buchinho chama-se impunidade e denunciou que o mesmo ocorreu na eleição de Marcelo Déda durante o primeiro mandato. “O termo certo sobre tudo isso é impunidade.

Vossa Excelência (Chico Buchinho) é uma pessoa correta, mas neste caso cometeu uma injustiça contra Gilmar Carvalho, porque os culpados são o senhor e o governador do Estado por terem feito este comício no palácio do governo”, acusou o parlamentar. O deputado estadual aproveitou para comunicar que teve hoje uma audiência com ao Comando da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil regional Sergipe (OAB/SE), em relação à agressão de um homem que foi algemado e espancado em parca pública no município de São Domingos. Venâncio Fonseca informou que foram bem recebidos pelas autoridades, e que as providências já estão sendo tomadas. O sargento já foi afastado do comando. Ele admitiu que não tinha dúvida de que o governo iria tomar esta medida, por não concordar com um ato de tortura como o que ocorreu à vítima em São Domingos.

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