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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PSC já tem os deputados Angélica e Zeca pleiteando presidir a Assembleia

Grupo liderado pelos Amorim tem maioria na Casa. Numa disputa com o PT teria os votos da oposição


Por Joedson Telles

Prestes a assumir a presidência da Assembleia Legislativa de Sergipe, a demora é só o atual presidente Ulices Andrade (PDT) desembarcar no Tribunal de Contas do Estado (TCE), a deputada estadual reeleita Angélica Guimarães (PSC) revelou, nesta segunda-feira, dia 13, ao portal Universo Político.com que, no tempo certo, anunciará que será, sim, candidata a continuar presidindo a Mesa da Casa. "Acho que todos aqui têm condições de presidir a Assembleia. E colocaremos o nosso nome à disposição dos colegas. Se for da vontade de todos, chegaremos lá", observou.

De acordo com doutora Angélica, o PSC ainda não reuniu a sua bancada e os deputados dos partidos aliados para discutir qual será a postura do bloco na Assembleia Legislativa na legislatura que será iniciada em janeiro de 2011. Entretanto, a parlamentar vê como um caminho natural continuar apoiando o governo Marcelo Déda, sobretudo porque o grupo ajudou na reeleição do governador do PT. "Já apoiamos o governo, e o natural e continuarmos apoiando. Agora, é lógico que o PSC buscará espaço no governo. É algo natural. Todos os partidos do bloco devem buscar".

Hoje à tarde, no Iate Clube, durante a solenidade que reuniu aliados do governador Marcelo Déda, para reforçar o apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT), ao ser indagado por Universo Político.com sobre sua pretensão de também disputar as eleições para a Mesa da Alese, o deputado estadual Zeca da Silva, também do PSC, deixou no ar. Informado que a deputada Angélica teria dado entrevista a Universo Político.com assegurando sua candidatura, o deputado ratificou o suspense. "Vamos ver. Quem sabe?", indagou, exibindo o sorriso de praxe.

Cerca de duas horas depois, entretanto, o deputado ventilou, por meio da sua assessoria, que também pretende disputar a eleição. Através de uma nota, Zeca diz que, no momento mais oportuno, começará a trabalhar seu nome junto aos demais colegas. Sem citar nenhum deles, o deputado salientou que os nomes que estão sendo colocados pela imprensa são bons.

Líder do grupo, o deputado federal e senador eleito, Eduardo Amorim (PSC) avalia que o momento não é propício para se iniciar a discussão. "A nossa preocupação neste momento tem que ser com a eleição de Dilma Rousseff. Há muito tempo para tratarmos deste outro assunto", observou.

Candidaturas petistas

Outros nomes que estão sendo citados são o do líder do governo, o deputado Francisco Gualberto e o da deputada Conceição Vieira - ambos PT. Conceição foi entrevistada na Ilha FM, nesta quinta-feira, dia 14, confirmou o desejo, mas acredita ser muito cedo para o processo ser deflagrado. Gualberto, por sua vez, falou, hoje, à FM Liberdade e, além de também considerar a discussão precoce, revelou que não pleiteará necessariamente a presidência, mas um dos seis cargos da Mesa. Tudo sob a batuta do líder Déda.

Os petistas, ao também estarem de olho na vaga vip de presidente da Casa, entretanto, espelham uma incógnita: saber se a ideia de "peitar" os Amorim, apresentando candidatos, agrada ao governador Marcelo Déda, que precisa ter maioria na Casa para aprovar os projetos de interesse do seu governo, e vetar ideias da oposição que possam prejudicar a governabilidade.

Por sua vez, o PSC não terá muita dificuldade para conseguir garimpar os votos da oposição, que saiu das urnas com apenas quatro, das 24 vagas existentes na Casa. Desta forma dificilmente teria forças para lançar um candidato próprio. De acordo com o líder da bancada, Venâncio Fonseca (PP), como o grupo liderado pelos irmãos Amorim saiu do próprio grupo da oposição, todos caminharam com o ex-governador João Ales Filho (DEM), em 2006, posteriormente é que aderiram ao governo Marcelo Déda, o caminho natural é a oposição votar no candidato do PSC.

"Todos no nosso grupo têm intimidade com o grupo de Amorim. Mas não tem nada definido ainda. Isso tem que ser discutido com todos os quatros integrantes da oposição (o próprio Venâncio, Augusto Bezerra, Gorreti Reis e Arnaldo Bispo - os três últimos do DEM)", explicou.

Segundo Venâncio Fonseca, a oposição não brigará pela presidência, mas barganhará um lugar na Mesa. O líder observou que, quando João Alves era o governador, e a oposição de hoje era situação e maioria na Casa, a vaga da oposição -hoje situação - sempre esteve assegurada. "É uma questão de democracia. A gente sempre deixava um cargo para a oposição ocupar a mesa. Democracia. Eles decidiam o representante", lembrou Venâncio. Já na atual legislatura, o deputado lamenta. "A oposição sempre foi excluída".

Da redação Universo Político.com

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