Homem abusa de crianças de 6 e de 9 anos
ABERRAÇÕES
O caso aconteceu em Rosário. Lá outra história também chama a atenção: menina de 14 anos estuprada há mais de um ano ainda espera teste de DNA
A cada dia casos de abusos sexuais praticados contra menores se reverberam com cada vez mais intensidade pelo interior do Estado. Na semana passada foi a vez de Rosário registrar mais um. Na última segunda, 2, a Polícia Civil do município prendeu o desempregado Genival dos Santos, o Eugênio ou Xeri, 48, acusado de praticar atos libidinosos contra duas crianças, uma de seis e outra de nove anos, irmãs. "Como Genival era vizinho, a mãe das crianças sempre pedia para ele cuidar delas quando saía para trabalhar e deixava a chave da casa com ele. Então ele pedia para o menino sair e ficava sozinho com elas", explica o delegado Edson Nixon Santos Costa.
A mãe das crianças não quis falar sobre o assunto, mas no depoimento as meninas explicam exatamente o que acontecia. "Ele pulou em cima, de mim e ficou se roçando", disse a de nove anos. De acordo com o delegado, não chegou a haver penetração, mas o acusado teria se masturbado no rosto das duas meninas, Quando perguntadas porque não haviam contado o caso à sua mãe, as crianças disseram que não o fizeram porque estavam sendo ameaçadas. "Ele colocou uma faca no meu pescoço e disse que ia matar a gente se eu falasse a alguém", disse a de nove anos.
Segundo Edson Nixon, a polícia só teve conhecimento do fato porque as crianças contaram a história a um guarda municipal em quem já tinham confiança. "O guarda imediatamente chamou a mãe delas e foram ao conselho tutelar. Genival não pôde ser preso em flagrante porque o caso já tem dois meses, mas como ele continuava ameaçando as meninas, aí sim, pode-se aplicar a Lei Maria da Penha e realizar o flagrante", esclarece Nixon.
Em seu depoimento, Eugênio desmentiu parte das acusações, mas confirmou que havia se masturbado na frente de uma das meninas, Ao Cinform, no entanto, ele desmentiu a própria fala. "Eu nunca fiz isso. Falei aquilo só porque estava nervoso. E essa história de que eu tinha a chave é mentira, Eu olhava as meninas de lá de casa mesmo. Nem entrava", garante o acusado.
Quando perguntado sobre o motivo que as meninas teriam para inventar tal mentira, Eugênio tem a resposta na ponta da língua, "É que a mãe delas me deve R$ 40, então ficou com raiva de mim e fez isso para revidar, Aí está forçando as crianças a falar essas coisas", defendeu-se.
INDIGNAÇÃO
Outro caso que também chama a atenção em Rosário é o da jovem D.S.P. 14. Há mais ou menos um ano ela foi estuprada, engravidou e hoje, a filha de três meses nos ços, ainda não conseguiu o exame de DNA para encontrar o verdadeiro autor do crime. Ela jura que o ato foi praticado pelo seu pai, mas a justiça afirma que não existem provas concretas que possam levar a tal conclusão.
"Na época fizemos o inquérito policial, investigamos e caminhamos à pericia, mas não pudemos indiciar ninguém porque não se pode ter certeza de quem fez isso. Ela disse que foi o pai, mas também já chegou à dizer que foi um amigo da família. Então é complicado a gente se basear somente nisso. Tem que ter o DNA", explicou o delegado Edson Nixon. "A nossa parte já foi feita, agora é com o Ministério Público", completou Edson.
D.S.P. não hesita em acusar o pai. "Quando eu estava na casa dele ele mandava a mulher sair e quando ia me levar do sofá para a cama fazia aquele negócio. Só que ele dizia pra eu não contar isso pra ninguém porque se não eu ia morrer", relata a adolescente.
À ESPERA DO DNA
A mãe da menina, a dona de casa Maria de Fátima da Silva, 33, diz não ter dúvidas de que foi o seu ex-rnarido. "Ela morava com ele desde os nove anos. Quando veio para cá já estava com três meses de grávida, e ele não queria que ela viesse e nem queria procurar a Justiça, porque estava com medo. Aí começou a colocar a culpa em um rapaz que morava comigo. Mas como pode? A menina nem vinha para cá, só ficava na casa dele", acusa a mãe.
"E ela tem problema nas pernas, nem anda, como pode ter sido outra pessoa? Como vou ter dúvidas? Ela me contou tudinho. Disse até que ele embebedou ela com vinho. E o pior é que ele tem AIDS e deve ter passado para ela", afirma, indignada. Mais indignação ainda Maria de Fátima mostra quando fala sobre o exame de DNA, que ainda não foi feito. "Disseram que tinha que esperar o bebê nascer. Ele já nasceu, e nada. A gente chegou até a ir a Aracaju pra fazer, mas quando chegou lá disseram que o Governo não tinha liberado a verba. Mas a gente, como é que fica?", questiona Maria.
O assessor da Secretaria de Segurança Pública - SSP -, Lucas Rosário, estranhou a acusação de Maria de Fátima e acredita que não foi isso o que aconteceu. "Na verdade, o sangue é colhido no IML e mandado para a Bahia, não existe nenhuma burocracia nisso. O problema é que como vai para outro Estado, o resultado demora a sair, já que a demanda é grande. É bom checar essa informação com a promotora", recomendou Lucas.
A equipe do Cinform foi ao Fórum do município para ter acesso ao processo e entender exatamente por que o exame não foi realizado, mas um funcionário informou que não estava conseguindo ter acesso à documentação. Vários contatos foram feitos com a promotora Pollyana Aguiar para explicar a situação, mas ela pediu à sua assessora para informar que não poderia passar nenhuma informação sobre o caso.
Matéria Extraida do Jornal Cinform
Fotos/Marcelle Cristinne
ABERRAÇÕES
O caso aconteceu em Rosário. Lá outra história também chama a atenção: menina de 14 anos estuprada há mais de um ano ainda espera teste de DNA
A cada dia casos de abusos sexuais praticados contra menores se reverberam com cada vez mais intensidade pelo interior do Estado. Na semana passada foi a vez de Rosário registrar mais um. Na última segunda, 2, a Polícia Civil do município prendeu o desempregado Genival dos Santos, o Eugênio ou Xeri, 48, acusado de praticar atos libidinosos contra duas crianças, uma de seis e outra de nove anos, irmãs. "Como Genival era vizinho, a mãe das crianças sempre pedia para ele cuidar delas quando saía para trabalhar e deixava a chave da casa com ele. Então ele pedia para o menino sair e ficava sozinho com elas", explica o delegado Edson Nixon Santos Costa.
A mãe das crianças não quis falar sobre o assunto, mas no depoimento as meninas explicam exatamente o que acontecia. "Ele pulou em cima, de mim e ficou se roçando", disse a de nove anos. De acordo com o delegado, não chegou a haver penetração, mas o acusado teria se masturbado no rosto das duas meninas, Quando perguntadas porque não haviam contado o caso à sua mãe, as crianças disseram que não o fizeram porque estavam sendo ameaçadas. "Ele colocou uma faca no meu pescoço e disse que ia matar a gente se eu falasse a alguém", disse a de nove anos.
Segundo Edson Nixon, a polícia só teve conhecimento do fato porque as crianças contaram a história a um guarda municipal em quem já tinham confiança. "O guarda imediatamente chamou a mãe delas e foram ao conselho tutelar. Genival não pôde ser preso em flagrante porque o caso já tem dois meses, mas como ele continuava ameaçando as meninas, aí sim, pode-se aplicar a Lei Maria da Penha e realizar o flagrante", esclarece Nixon.
Em seu depoimento, Eugênio desmentiu parte das acusações, mas confirmou que havia se masturbado na frente de uma das meninas, Ao Cinform, no entanto, ele desmentiu a própria fala. "Eu nunca fiz isso. Falei aquilo só porque estava nervoso. E essa história de que eu tinha a chave é mentira, Eu olhava as meninas de lá de casa mesmo. Nem entrava", garante o acusado.
Quando perguntado sobre o motivo que as meninas teriam para inventar tal mentira, Eugênio tem a resposta na ponta da língua, "É que a mãe delas me deve R$ 40, então ficou com raiva de mim e fez isso para revidar, Aí está forçando as crianças a falar essas coisas", defendeu-se.
INDIGNAÇÃO
Outro caso que também chama a atenção em Rosário é o da jovem D.S.P. 14. Há mais ou menos um ano ela foi estuprada, engravidou e hoje, a filha de três meses nos ços, ainda não conseguiu o exame de DNA para encontrar o verdadeiro autor do crime. Ela jura que o ato foi praticado pelo seu pai, mas a justiça afirma que não existem provas concretas que possam levar a tal conclusão.
"Na época fizemos o inquérito policial, investigamos e caminhamos à pericia, mas não pudemos indiciar ninguém porque não se pode ter certeza de quem fez isso. Ela disse que foi o pai, mas também já chegou à dizer que foi um amigo da família. Então é complicado a gente se basear somente nisso. Tem que ter o DNA", explicou o delegado Edson Nixon. "A nossa parte já foi feita, agora é com o Ministério Público", completou Edson.
D.S.P. não hesita em acusar o pai. "Quando eu estava na casa dele ele mandava a mulher sair e quando ia me levar do sofá para a cama fazia aquele negócio. Só que ele dizia pra eu não contar isso pra ninguém porque se não eu ia morrer", relata a adolescente.
À ESPERA DO DNA
A mãe da menina, a dona de casa Maria de Fátima da Silva, 33, diz não ter dúvidas de que foi o seu ex-rnarido. "Ela morava com ele desde os nove anos. Quando veio para cá já estava com três meses de grávida, e ele não queria que ela viesse e nem queria procurar a Justiça, porque estava com medo. Aí começou a colocar a culpa em um rapaz que morava comigo. Mas como pode? A menina nem vinha para cá, só ficava na casa dele", acusa a mãe.
"E ela tem problema nas pernas, nem anda, como pode ter sido outra pessoa? Como vou ter dúvidas? Ela me contou tudinho. Disse até que ele embebedou ela com vinho. E o pior é que ele tem AIDS e deve ter passado para ela", afirma, indignada. Mais indignação ainda Maria de Fátima mostra quando fala sobre o exame de DNA, que ainda não foi feito. "Disseram que tinha que esperar o bebê nascer. Ele já nasceu, e nada. A gente chegou até a ir a Aracaju pra fazer, mas quando chegou lá disseram que o Governo não tinha liberado a verba. Mas a gente, como é que fica?", questiona Maria.
O assessor da Secretaria de Segurança Pública - SSP -, Lucas Rosário, estranhou a acusação de Maria de Fátima e acredita que não foi isso o que aconteceu. "Na verdade, o sangue é colhido no IML e mandado para a Bahia, não existe nenhuma burocracia nisso. O problema é que como vai para outro Estado, o resultado demora a sair, já que a demanda é grande. É bom checar essa informação com a promotora", recomendou Lucas.
A equipe do Cinform foi ao Fórum do município para ter acesso ao processo e entender exatamente por que o exame não foi realizado, mas um funcionário informou que não estava conseguindo ter acesso à documentação. Vários contatos foram feitos com a promotora Pollyana Aguiar para explicar a situação, mas ela pediu à sua assessora para informar que não poderia passar nenhuma informação sobre o caso.
Matéria Extraida do Jornal Cinform
Fotos/Marcelle Cristinne
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