Deputado Gilmar Carvalho |
O deputado estadual Gilmar Carvalho (PR) vai apresentar, nesta terça-feira, 14, requerimento convocando a delegada Danielle Garcia, do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), responsável pela Operação Castelo de Cartas, para que no plenário da Assembleia Legislativa, em sessão aberta, possa responder às perguntas feitas pelos deputados e explanar sobre alguma suspeita que exista sobre a participação de algum funcionário do Legislativo no esquema desarticulado que envolvia empresas que participaram de obras em municípios do interior. A informação foi dada pelo próprio parlamentar durante a sessão de hoje, dia 13. “Amanhã vamos apresentar o requerimento e vamos pedir a assinatura dos demais parlamentares, para que ela diga o que suspeita, pois ela é uma servidora pública e com tal deve ter responsabilidade, pois não vamos aceitar provocações”, afirmou.
Em seu pronunciamento, o deputado fez referência a uma nota publicada, no último sábado, na coluna Periscópio, do Jornal da Cidade, que ele considerou uma provocação da delegada, quando ela teria dito que ele deveria colaborar com as investigações feitas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Operação Castelo de Cartas, a partir da Assembleia Legislativa, porque aqui estava o policial militar e empresário Anderson Matias, um dos envolvidos. “A delegada Danielle Garcia está desafiada publicamente por este parlamentar a dizer o que ela suspeita que ocorreu com a participação do policial Anderson Matias aqui nesta Casa. Eu quero saber”, afirmou Gilmar, ressaltando que como integrante do Parlamento, como cidadão e como contribuinte tem o direito de saber o que a delegada sabe ou suspeita para fazer a provocação.
Para o deputado, ela provocou. Gilmar Carvalho acrescentou ainda que tem certeza que a delegada não vai investigar todos os contratos. “Ela pode até ao final das investigaçoes dizer que concluiu o inquérito e que tudo foi investigado, mas ela não vai investigar todos os contratos. Eu desafio publicamente a delegada a investigar todos os contratos, todas as licitações”, disse. O parlamentar acrescentou que quis e quer colaborar com as investigações, mas não pode dizer aquilo que não sabe. Gilmar Carvalho questionou o que é que ela sabe sobre o empresário Anderson Matias. “Se ela fez a provocação, tem a obrigação, como servidora pública, como delegada, de dizer o porquê da provocação. O que ela não pode é jogar a situação como jogou e depois dizer que apenas está investigando”, ressaltou.
Desafio
O deputado ressaltou que Danielle Garcia é uma delegada competente, que está à frente de uma delegacia muito importante, mas, para ele, isso não lhe dá o direito de provocar da maneira que fez. Gilmar Carvalho desafiou a delegada que, o que ela disse que é preciso fazer em termos de colaboração a partir da Assembleia, que ela fizesse, começando pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) pelas reformas das delegacias de polícia. “A diferença é que eu estou afirmando que nem todas as investigações ela vai fazer. Ela pode dizer, no final, queinvestigou. Mas não acreditem, porque nem todos os contratos ela vai investigar. Quem diz isso é o deputado Gilmar Carvalho”.
O vice-líder da bancada de oposição, Augusto Bezerra (DEM), em aparte, parabenizou o colega pelo pronunciamento e disse que em nome da Assembleia Legislativa desde a última sexta-feira tem investigado a situação do policial e empresário Anderson Matias e afirmou que ele não está lotado em nenhum dos 24 gabinetes dos deputados da Assembleia. O parlamentar informou que o citado policial faz parte da Casa Militar da Assembleia e tem menos de um mês que ele foi colocado à disposição do Legislativo para ficar na Casa Militar da Assembleia. Bezerra ressaltou que o que ele fez como empresário a Assembleia não tem nenhuma responsabilidade, até porque ele não está em nenhum gabinete. “Mas ela começou a insinuar alguma coisa que sabe que não terá condições de investigar”, disse.
O deputado disse que tem uma pasta com a relação de todas as 43 construtoras que trabalharam para os órgãos estaduais, como a SSP, PM, Tribunal de Justiça, Ação Social, entre outros. “Eu faço um desafio maior a ela: se a delegada tem coragem de chegar nessas secretarias com o carro da Polícia Federal com as sirenes ligadas para recolher documentos, porque as empresas são as mesmas que fizeram coisas erradas no interior e aqui foi certo”, indagou.
Gilmar Carvalho reafirmou que não vai aceitar insinuação ou provocação. Ele novamente afirmou que na conclusão do inquérito a delegada vai dizer que investigou tudo, mas ele desafiou a delegada a apurar todas as cartas-convite. “Ela não vai apurar, não vai investigar todas as cartas-convite, de que forma elas foram feitas, se foram direcionadas ou não. Ela deve saber como delegada que atua na área que tem muito mais empresas e muito mais cartas-convite do que as que ela disse que está apurando. E não pergunte a mim porque eu não sou delegado de polícia. A delegada é ela e ganha muito bem para contar tudo ao povo e, se tem alguma suspeita, diga qual é, e não simplesmente ifaça provocação”, afirmou.
Incoerência
O líder da oposição, Venâncio Fonseca (PP), aparteou o discurso para parabenizar e afirmr que ele tem razão. O parlamentar progressista disse que as empresas que estão sob suspeita e investigadas por obras no interior e licitações fraudulentas são as mesmas que construíram e participaram de licitações nas secretarias do governo do Estado. “No interior, agiram com desonestidade e no governo agiram tudo corretamente e com honestidade. Há uma incoerência aí”, disse Venâncio, acrescentando que quer que continuem as investigações.
Ele parabenizou o colega pela preocupação com o dinheiro público no interior do Estado e que a mesma preocupação ocorra com relação às obras do governo do Estado e com licitações, para a operação ser justa. “Não pode haver distinção. Se houver, está havendo favorecimento. E aí passa a ser uma investigação direcionada”, ressaltou. Venâncio acrescentou que a bancada de oposição vai se reunir esta semana para ver se há possibilidade de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para que se apurem as obras realizadas por essas empresas no governo do Estado. “Só uma ganhou mais de 50 obras, entre carta convite e dispensa de licitação. Ou é sortuda ou é competente demais”, ironizou.
O deputado estadual José Franco (PDT) também aparteou e apresentou a sugestão de a delegada ser convocada pela Assembleia Legislativa, para que ela faça uma explanação sobre o que falou referente à Assembleia Legislativa. “Porque a Assembleia não tem obras, não existe orçamento de obras. Então vamos convocá-la, para que ela faça uma explanação sobre o que ela ‘jogou’ para a Assembleia”, disse. A sugestão foi prontamente acatada pelo deputado Gilmar Carvalho, que solicitou que a convocação seja assinada pelos demais colegas, para que a delegada vá ao plenário da Casa, em sessão aberta, responder às perguntas feitas pelos deputados.
O deputado Raimundo Vieira (PSL) também aparteou o pronunciamento do colega e destacou a importância de ter levado tal assunto à tribuna do Parlamento. Ele disse que a investigação que está acontecendo no Estado, se não for adiante, vai ficar sem credibilidade. “É importante que as empresas que têm uma grande quantidade de obras também sejam investigadas, para saber qual a capacidade que elas têm para ter obras em praticamente todo o Estado, porque deixa no ar alguma dúvida sobre o relacionamento que têm”, disse, acrescentando que algumas dessas empresas estão sendo “emprestadas” para terceiros.
Gilmar Carvalho concluiu seu pronunciamento dizendo que, acolhendo a sugestão do colega José Franco, vai apresentar o requerimento convocando a delegada Danielle Garcia à Assembleia. “Vamos pedir a assinatura dos demais parlamentares, para que ela diga o que é que ela suspeita. Ela é servidora pública e está comandando um inquérito importantíssimo e não deve fazer insinuação, provocação. Ou ela acha que algum deputado aqui participou dessas fraudes em licitação? Se ela acha, cite nomes. O que ela não tem é o direito de insinuar. Quem diz o que quer, aprendi aqui nesta Casa, ouve o que não quer”, finalizou.
Fonte: Alese
Em seu pronunciamento, o deputado fez referência a uma nota publicada, no último sábado, na coluna Periscópio, do Jornal da Cidade, que ele considerou uma provocação da delegada, quando ela teria dito que ele deveria colaborar com as investigações feitas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Operação Castelo de Cartas, a partir da Assembleia Legislativa, porque aqui estava o policial militar e empresário Anderson Matias, um dos envolvidos. “A delegada Danielle Garcia está desafiada publicamente por este parlamentar a dizer o que ela suspeita que ocorreu com a participação do policial Anderson Matias aqui nesta Casa. Eu quero saber”, afirmou Gilmar, ressaltando que como integrante do Parlamento, como cidadão e como contribuinte tem o direito de saber o que a delegada sabe ou suspeita para fazer a provocação.
Para o deputado, ela provocou. Gilmar Carvalho acrescentou ainda que tem certeza que a delegada não vai investigar todos os contratos. “Ela pode até ao final das investigaçoes dizer que concluiu o inquérito e que tudo foi investigado, mas ela não vai investigar todos os contratos. Eu desafio publicamente a delegada a investigar todos os contratos, todas as licitações”, disse. O parlamentar acrescentou que quis e quer colaborar com as investigações, mas não pode dizer aquilo que não sabe. Gilmar Carvalho questionou o que é que ela sabe sobre o empresário Anderson Matias. “Se ela fez a provocação, tem a obrigação, como servidora pública, como delegada, de dizer o porquê da provocação. O que ela não pode é jogar a situação como jogou e depois dizer que apenas está investigando”, ressaltou.
Desafio
O deputado ressaltou que Danielle Garcia é uma delegada competente, que está à frente de uma delegacia muito importante, mas, para ele, isso não lhe dá o direito de provocar da maneira que fez. Gilmar Carvalho desafiou a delegada que, o que ela disse que é preciso fazer em termos de colaboração a partir da Assembleia, que ela fizesse, começando pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) pelas reformas das delegacias de polícia. “A diferença é que eu estou afirmando que nem todas as investigações ela vai fazer. Ela pode dizer, no final, queinvestigou. Mas não acreditem, porque nem todos os contratos ela vai investigar. Quem diz isso é o deputado Gilmar Carvalho”.
O vice-líder da bancada de oposição, Augusto Bezerra (DEM), em aparte, parabenizou o colega pelo pronunciamento e disse que em nome da Assembleia Legislativa desde a última sexta-feira tem investigado a situação do policial e empresário Anderson Matias e afirmou que ele não está lotado em nenhum dos 24 gabinetes dos deputados da Assembleia. O parlamentar informou que o citado policial faz parte da Casa Militar da Assembleia e tem menos de um mês que ele foi colocado à disposição do Legislativo para ficar na Casa Militar da Assembleia. Bezerra ressaltou que o que ele fez como empresário a Assembleia não tem nenhuma responsabilidade, até porque ele não está em nenhum gabinete. “Mas ela começou a insinuar alguma coisa que sabe que não terá condições de investigar”, disse.
O deputado disse que tem uma pasta com a relação de todas as 43 construtoras que trabalharam para os órgãos estaduais, como a SSP, PM, Tribunal de Justiça, Ação Social, entre outros. “Eu faço um desafio maior a ela: se a delegada tem coragem de chegar nessas secretarias com o carro da Polícia Federal com as sirenes ligadas para recolher documentos, porque as empresas são as mesmas que fizeram coisas erradas no interior e aqui foi certo”, indagou.
Gilmar Carvalho reafirmou que não vai aceitar insinuação ou provocação. Ele novamente afirmou que na conclusão do inquérito a delegada vai dizer que investigou tudo, mas ele desafiou a delegada a apurar todas as cartas-convite. “Ela não vai apurar, não vai investigar todas as cartas-convite, de que forma elas foram feitas, se foram direcionadas ou não. Ela deve saber como delegada que atua na área que tem muito mais empresas e muito mais cartas-convite do que as que ela disse que está apurando. E não pergunte a mim porque eu não sou delegado de polícia. A delegada é ela e ganha muito bem para contar tudo ao povo e, se tem alguma suspeita, diga qual é, e não simplesmente ifaça provocação”, afirmou.
Incoerência
O líder da oposição, Venâncio Fonseca (PP), aparteou o discurso para parabenizar e afirmr que ele tem razão. O parlamentar progressista disse que as empresas que estão sob suspeita e investigadas por obras no interior e licitações fraudulentas são as mesmas que construíram e participaram de licitações nas secretarias do governo do Estado. “No interior, agiram com desonestidade e no governo agiram tudo corretamente e com honestidade. Há uma incoerência aí”, disse Venâncio, acrescentando que quer que continuem as investigações.
Ele parabenizou o colega pela preocupação com o dinheiro público no interior do Estado e que a mesma preocupação ocorra com relação às obras do governo do Estado e com licitações, para a operação ser justa. “Não pode haver distinção. Se houver, está havendo favorecimento. E aí passa a ser uma investigação direcionada”, ressaltou. Venâncio acrescentou que a bancada de oposição vai se reunir esta semana para ver se há possibilidade de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para que se apurem as obras realizadas por essas empresas no governo do Estado. “Só uma ganhou mais de 50 obras, entre carta convite e dispensa de licitação. Ou é sortuda ou é competente demais”, ironizou.
O deputado estadual José Franco (PDT) também aparteou e apresentou a sugestão de a delegada ser convocada pela Assembleia Legislativa, para que ela faça uma explanação sobre o que falou referente à Assembleia Legislativa. “Porque a Assembleia não tem obras, não existe orçamento de obras. Então vamos convocá-la, para que ela faça uma explanação sobre o que ela ‘jogou’ para a Assembleia”, disse. A sugestão foi prontamente acatada pelo deputado Gilmar Carvalho, que solicitou que a convocação seja assinada pelos demais colegas, para que a delegada vá ao plenário da Casa, em sessão aberta, responder às perguntas feitas pelos deputados.
O deputado Raimundo Vieira (PSL) também aparteou o pronunciamento do colega e destacou a importância de ter levado tal assunto à tribuna do Parlamento. Ele disse que a investigação que está acontecendo no Estado, se não for adiante, vai ficar sem credibilidade. “É importante que as empresas que têm uma grande quantidade de obras também sejam investigadas, para saber qual a capacidade que elas têm para ter obras em praticamente todo o Estado, porque deixa no ar alguma dúvida sobre o relacionamento que têm”, disse, acrescentando que algumas dessas empresas estão sendo “emprestadas” para terceiros.
Gilmar Carvalho concluiu seu pronunciamento dizendo que, acolhendo a sugestão do colega José Franco, vai apresentar o requerimento convocando a delegada Danielle Garcia à Assembleia. “Vamos pedir a assinatura dos demais parlamentares, para que ela diga o que é que ela suspeita. Ela é servidora pública e está comandando um inquérito importantíssimo e não deve fazer insinuação, provocação. Ou ela acha que algum deputado aqui participou dessas fraudes em licitação? Se ela acha, cite nomes. O que ela não tem é o direito de insinuar. Quem diz o que quer, aprendi aqui nesta Casa, ouve o que não quer”, finalizou.
Fonte: Alese
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