Pesquisadores desenvolveram um método para inibir o crescimento dos cristais que formam os cálculos renais de cistina. A descoberta, descrita na edição desta semana da revista Science, pode oferecer um caminho para um novo método de prevenção do problema. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York e da Faculdade de Medicina do Wisconsin.Pedras nos rins de cistina são mais raras que os cálculos de oxalato de cálcio, mas as pedras de cistina são maiores, reaparecem com mais frequência e têm mais chance de causar doença renal crônica.
A formação desse tipo de cálculo é consequência da presença de níveis excessivos de cistina na urina. A substância forma cristais, que se agregam em pedras e podem chegar a um centímetro de diâmetro.
Os tratamentos atuais para prevenção envolvem a diluição, por meio do aumento do consumo de líquidos, e medicamentos que reagem com a cistina para torná-la mais solúvel.
Usando microscópios de força atômica, os pesquisadores nos EUA descobriram que os cristais de cistina crescem por meio da agregação contínua de moléculas de L-cistina às bordas de protuberâncias hexagonais que se formam na superfície do cristal. O processo leva a um padrão de crescimento em espiral.
Uma vez determinado o padrão de crescimento, os pesquisadores buscaram um agente químico para inibir o processo. Os inibidores funcionam ligando-se à superfície do cristal e evitando a conexão de novas moléculas de cistina.
No estudo publicado na Science, foi usado um produto sintético, L-CDME, que tem uma estrutura central idêntica à da L-cistina, mas que tem bloqueadores nas extremidades, para evitar a ligação de mais moléculas.
Observações com o microscópio confirmaram que o L-CDME bloqueia as áreas hexagonais do cristal, obstruindo a ligação de novas moléculas.
Fonte: O estadão
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