A Fiat anunciou oficialmente nesta quarta-feira (24) que o Stilo, seu hatch médio, saiu de linha. Lançado em 2002, o carro -- que ainda pode ser encontrado em estoques de algumas concessionárias -- emplacou cerca de 100 mil unidades no Brasil. Ultimamente, dividia o topo da gama da Fiat no país com o sedã Linea. O Stilo dá lugar ao Bravo, que a Fiat apresentou nesta noite, em evento no Rio de Janeiro.
A morte do Stilo era pedra cantada desde 2008, quando as primeiras unidades do Bravo começaram a ser flagradas, ainda sob forte camuflagem, em estradas brasileiras. Naquele ano a Fiat decidiu usar o Stilo como uma espécie de cobaia para o câmbio automatizado Dualogic, que posteriormente foi disponibilizado para todos os seus modelos. Era um sinal de que as vendas do hatch médio definhavam. Mais tarde, a série especial Blackmotion funcionou como um respirador artificial para o modelo.
Em março deste ano, o governo determinou que a Fiat fizesse um recall do Stilo, devido a acidentes -- inclusive fatais -- em que uma das rodas se soltou em movimento. A empresa tinha conhecimento dos casos, divulgados amplamente na imprensa, mas resistiu em fazer o chamado até ser obrigada pelas autoridades. Foi multada em mais de R$ 3 milhões. Cerca de 60 mil carros foram convocados.
Admirado por muitos, mas -- como mostram os números -- dirigido por poucos, o Stilo enfrentou de peito aberto concorrentes como Volkswagen Golf, Chevrolet Astra e Ford Focus, mais ou menos em igualdade de condições. Mas evoluiu pouco ao longo de sua vida (assim como Golf e Astra, diga-se), e viu surgirem nos últimos anos adversários mais tenazes, como a atual geração do Focus e, principalmente, o Hyundai i30, que desde sua chegada redefiniu os parâmetros do segmento dos hatches médios. Até mesmo o Punto, da própria Fiat, passou a canibalizar as vendas do Stilo.
De janeiro até o final da primeira quinzena deste mês o Stilo emplacou 6.170 unidades no país, de acordo com dados da Fenabrave (associação dos revendedores). Isso corresponde a 3,68% do segmento dos hatches médios; é um quinto do que vendeu o i30 no mesmo período. No portfólio da líder de mercado Fiat, o Stilo ocupava a incômoda posição de carro menos vendido.
ANO NOVO, CARROS "NOVOS"
No mesmo evento em que matou o Stilo e deu à luz o Bravo, a Fiat anunciou investimentos totais de R$ 10 bilhões no Brasil de 2011 a 2015 (contra R$ 6 bilhões no biênio 2008-2010). O valor confirma o nosso mercado como o mais importante da marca italiana fora de seu país de origem.
Segundo executivos da marca, no ano que vem serão colocados no mercado brasileiro nada menos que 20 "lançamentos". As aspas devem-se ao fato de que nem tudo será exatamente inédito: nessa conta estão incluídas novas versões de carros já existentes, além de reestilizações leves. A grande aposta da marca deverá ser uma nova geração do Palio, o veterano hatch pequeno que perdeu espaço para o Novo Uno e deixou de incomodar a longeva liderança do Volkswagen Gol nas vendas nacionais.
Fonte: UOL - CLAUDIO DE SOUZA
A morte do Stilo era pedra cantada desde 2008, quando as primeiras unidades do Bravo começaram a ser flagradas, ainda sob forte camuflagem, em estradas brasileiras. Naquele ano a Fiat decidiu usar o Stilo como uma espécie de cobaia para o câmbio automatizado Dualogic, que posteriormente foi disponibilizado para todos os seus modelos. Era um sinal de que as vendas do hatch médio definhavam. Mais tarde, a série especial Blackmotion funcionou como um respirador artificial para o modelo.
Em março deste ano, o governo determinou que a Fiat fizesse um recall do Stilo, devido a acidentes -- inclusive fatais -- em que uma das rodas se soltou em movimento. A empresa tinha conhecimento dos casos, divulgados amplamente na imprensa, mas resistiu em fazer o chamado até ser obrigada pelas autoridades. Foi multada em mais de R$ 3 milhões. Cerca de 60 mil carros foram convocados.
Admirado por muitos, mas -- como mostram os números -- dirigido por poucos, o Stilo enfrentou de peito aberto concorrentes como Volkswagen Golf, Chevrolet Astra e Ford Focus, mais ou menos em igualdade de condições. Mas evoluiu pouco ao longo de sua vida (assim como Golf e Astra, diga-se), e viu surgirem nos últimos anos adversários mais tenazes, como a atual geração do Focus e, principalmente, o Hyundai i30, que desde sua chegada redefiniu os parâmetros do segmento dos hatches médios. Até mesmo o Punto, da própria Fiat, passou a canibalizar as vendas do Stilo.
De janeiro até o final da primeira quinzena deste mês o Stilo emplacou 6.170 unidades no país, de acordo com dados da Fenabrave (associação dos revendedores). Isso corresponde a 3,68% do segmento dos hatches médios; é um quinto do que vendeu o i30 no mesmo período. No portfólio da líder de mercado Fiat, o Stilo ocupava a incômoda posição de carro menos vendido.
ANO NOVO, CARROS "NOVOS"
No mesmo evento em que matou o Stilo e deu à luz o Bravo, a Fiat anunciou investimentos totais de R$ 10 bilhões no Brasil de 2011 a 2015 (contra R$ 6 bilhões no biênio 2008-2010). O valor confirma o nosso mercado como o mais importante da marca italiana fora de seu país de origem.
Segundo executivos da marca, no ano que vem serão colocados no mercado brasileiro nada menos que 20 "lançamentos". As aspas devem-se ao fato de que nem tudo será exatamente inédito: nessa conta estão incluídas novas versões de carros já existentes, além de reestilizações leves. A grande aposta da marca deverá ser uma nova geração do Palio, o veterano hatch pequeno que perdeu espaço para o Novo Uno e deixou de incomodar a longeva liderança do Volkswagen Gol nas vendas nacionais.
Fonte: UOL - CLAUDIO DE SOUZA
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