A mina de carnalita situada em Sergipe, onde existe uma jazida de cloreto de potássio, será decisiva dentro do ambicioso plano de expansão da área de fertilizantes da Vale. A informação foi dada pelo diretor executivo de Fertilizantes da Vale, Mário Alves Barbosa Neto, durante o 14.º Congresso Brasileiro de Mineração, realizado entre os dias 26 e 29, em Belo Horizonte, e divulgado pelo site do jornal O Estado de São Paulo nesta quarta-feira, 28.
Segundo ele, a mineradora vai investir US$ 15 bilhões até 2020 para se transformar na quinta maior produtora de potássio e fosfato do mundo. A Vale garante que, do ponto de vista do financiamento, os projetos estão confirmados. No entanto, a empresa ainda precisa fechar um acordo com outra gigante nacional, a Petrobrás, para que a exploração do minério possa ser feita de forma simultânea a do petróleo.
De acordo com o diretor de operações da Vale Fertilizantes, Marcelo Fenelon, que também esteve presente no evento em Belo Horizonte, talvez a estatal precise abrir mão de uma parte das reservas que estão localizadas no campo de Carmópolis, onde há o maior campo de petróleo em terra do país.
"Está sendo discutida a convivência da lavra de petróleo com a lavra de potássio - convivência ou prioridade", disse o executivo. Segundo Fenelon, outro objetivo da Vale é ampliar a produção de potássio em mais de três vezes com a exploração de outras minas que ficam na área da Petrobrás - e das quais a petrolífera detém os direitos de mineração. Ele lembrou, no entanto, que a companhia já tem um contrato de arrendamento com a Petrobrás para produzir potássio na região, mas em outra mina, a de Taquari-Vassouras, localizada em Rosário do Catete.
Seja em audiências com a presidente Dilma Roussef ou trabalhando junto ao Governo Federal para pôr fim ao imbróglio entre Vale e Petrobrás, o governador Marcelo Déda não vem medindo esforços ao longo dos últimos quatro anos e meio para que haja um acordo entendendo a importância da exploração do minério para a economia do Estado e para impulsionar a cadeia produtiva de fertilizantes do país.
Conforme o governador, o Projeto Carnalita deve gerar cinco mil empregos durante sua fase de implementação e outras 700 vagas permanentes quando entrar em operação. A ambição dos projetos da Vale Fertilizantes se justifica pela forte recuperação desse mercado desde a crise de 2009. Com o fortalecimento da demanda por commodities, a companhia viu sua geração de caixa quadruplicar em pouco mais de dois anos.
*Com informações de O Estado de São Paulo
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