A Vale e a Petrobras estão em entendimentos finais para destravar a instalação de um megaprojeto de fertilizantes em Sergipe, avaliado em até US$ 4 bilhões. O empreendimento será integrado, com uma mina de carnalita, minério do qual se extrai cloreto de potássio, e uma unidade química de processamento de adubos, com produção prevista de 2,2 milhões de toneladas por ano, a partir de 2015. Esse volume vai permitir redução da dependência brasileira de matéria-prima estrangeira.
O assunto foi discutido ontem no Planalto entre a presidente Dilma, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, Murilo Ferreira, presidente da Vale, e Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras. A pauta tratou do arrendamento ou cessão para a Vale da jazida de carnalita que a Petrobras tem em Muruim (SE). Isso é fundamental para se montar o megaprojeto. A Vale já tem uma mina de potássio em Rosário do Catete, também em Sergipe, em fase final de vida útil. Para a empresa desenvolver o novo projeto é crucial que seja selado o acordo com a Petrobras para exploração da jazida de carnalita. Falta a Petrobras decidir se vai optar pelo arrendamento ou cessão da reserva.
O projeto da Vale é estratégico para o país, razão pela qual Dilma quis acompanhar a reunião de ontem. O potássio é insumo imprescindível na produção de fertilizantes e o Brasil é dependente em 90% de importações - 6 milhões de toneladas. Hoje, a Vale produz 600 mil toneladas ao ano de cloreto de potássio na mina de Sergipe, também arrendada da Petrobras nos anos 90.
Os encontros entre as duas empresas já ocorrem há algum tempo. Não se trata de joint venture. O projeto é 100% da Vale. O ex-presidente da mineradora, Roger Agnelli, chegou a se reunir com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, em 2010, para buscar um entendimento que garantisse o investimento. A indefinição da Petrobras era o último obstáculo.
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O assunto foi discutido ontem no Planalto entre a presidente Dilma, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, Murilo Ferreira, presidente da Vale, e Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras. A pauta tratou do arrendamento ou cessão para a Vale da jazida de carnalita que a Petrobras tem em Muruim (SE). Isso é fundamental para se montar o megaprojeto. A Vale já tem uma mina de potássio em Rosário do Catete, também em Sergipe, em fase final de vida útil. Para a empresa desenvolver o novo projeto é crucial que seja selado o acordo com a Petrobras para exploração da jazida de carnalita. Falta a Petrobras decidir se vai optar pelo arrendamento ou cessão da reserva.
O projeto da Vale é estratégico para o país, razão pela qual Dilma quis acompanhar a reunião de ontem. O potássio é insumo imprescindível na produção de fertilizantes e o Brasil é dependente em 90% de importações - 6 milhões de toneladas. Hoje, a Vale produz 600 mil toneladas ao ano de cloreto de potássio na mina de Sergipe, também arrendada da Petrobras nos anos 90.
Os encontros entre as duas empresas já ocorrem há algum tempo. Não se trata de joint venture. O projeto é 100% da Vale. O ex-presidente da mineradora, Roger Agnelli, chegou a se reunir com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, em 2010, para buscar um entendimento que garantisse o investimento. A indefinição da Petrobras era o último obstáculo.
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