Durante a sessão desta terça-feira (22), o vereador Hélio dos Santos (PV) levantou o problema da falta de tratamento para os viciados em Rosário do Catete. O parlamentar alertou os colegas sobre o crescimento desse problema no município e a situação desesperadora de várias famílias que não têm onde tratar parentes viciados.
Ele sugeriu que a prefeitura firme um convênio com a Fazenda Esperança, no município de Lagarto, que é especializada nesse tipo de tratamento. “Como não há um programa específico, pelos menos com esse convênio, a administração municipal iria aliviar a situação de muitas famílias. Cada paciente custa cerca de R$ 500,00 por mês, o que não é um valor elevado para quem arrecada cerca de R$ 4,5 milhões por mês”, apontou Hélio dos Santos.
Em aparte, a vereadora Acácia Calazans (PMDB) opinou que não adianta colocar o viciado numa casa de tratamento se, quando ele voltar, irá encontrar o mesmo ambiente propício às drogas. “O que falta mesmo é a preocupação por parte do poder público em dar condições humanas para essas pessoas. Tem que começar daqui, e não vimos ainda essa preocupação”, disse.
A parlamentar lembrou que quando ocupou a Secretaria Municipal de Assistência Social tentou firmar um convênio com as secretarias de Educação e de Saúde para implementar o Núcleo de Apoio Psicossocial (NAPS) em Rosário do Catete. “Criamos esse programa no qual a Assistência Social estaria fazendo a reinserção desses jovens à sociedade, a Educação faria a parte educativa e a Saúde a parte preventiva e curativa. Rosário ia ser o pioneiro no Estado com esse projeto, que contaria, inclusive, com o apoio da primeira-dama do estado Eliane Aquino. Infelizmente não tive condições de iniciar o projeto porque a Saúde não tinha recursos para bancar um psiquiatra. Como vereadora, vamos estar aqui cobrando dos atuais secretários para que esse programa não fique no papel”, avisou.
A 1ª secretária da Câmara, Maura Cecília (PDT), lamentou o fato da Secretaria de Saúde informar que não tinha dinheiro para pagar o salário de um psiquiatra. “Isso é falta de prioridade. A prefeitura mostra de forma clara que a juventude, que a população desassistida não está no primeiro plano. A prioridade dessa gestão é outra. Gasta-se com festas, com bandas, artistas de fora, enquanto a droga avança sem nenhum trabalho de prevenção. É lamentável”, criticou a vereadora de oposição.
FONTE:EMPAUTA
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