quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Déda precisa explicar onde Rogério Carvalho gastou R$ 300 milhões

Augusto Bezerra reage às declarações do governador, que o chamou de coveiro de cemitério

O deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) afirmou, nesta terça-feira, dia 7, que, ao invés de ofendê-lo, o governador Marcelo Déda (PT) deveria explicar à sociedade onde o seu ex-secretário de Estado da Saúde, o deputado estadual Rogério Carvalho (PT), colocou cerca de R$ 300 milhões referentes a verbas destinadas à saúde. "O senhor tem que chamar o seu ex-secretário para saber onde ele gastou os R$ 300 milhões. O Tribunal de Contas sabe. Denuncia todos os dias, mas existe o silêncio ensurdecedor dos meios de comunicação, e o processo toda semana é adiado. Vamos ver qual o próximo conselheiro que pedirá vistas. Tem que ter coragem, governador, de alertar o senhor, e dizer isso para o bem de Sergipe. Não faço crítica ao seu trabalho, mas a maneira de fazer a política de saúde. As clínicas não funcionam. Não existe um hospital para drogados", lamentou o deputado estadual Augusto Bezerra.

Na manhã de hoje, o governador visitou o Hospital de Urgência de Sergipe governador João Alves Filho (Huse), e, no momento da entrevista coletiva, disse aos jornalistas que Augusto Bezerra é o deputado da morte. "É o vigia de necrotério. É o coveiro de cemitério". Augusto, por sua vez, rechaçou, ao dizer que somente o governo Marcelo Déda quer a miséria saúde. Segundo ele, nas ruas, feiras e supermercados as pessoas lhe param e dizem que a saúde pública de Sergipe se transformou num balcão de negócios. "A saúde de Sergipe se transformou num comitê eleitoral. Todos dois deram certo: balcão e comitê, mas o povo continua morrendo. Não tenho amor por cadáver: tenho respeito. O senhor tentou macular minha imagem com frases de efeito que aprendeu com o grande poeta e historiador Lula", ironizou Augusto.

Augusto explicou seu sentimento de respeito pelas pessoas que buscam atendimento na rede pública de saúde lembrando que os políticos não são usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). "Nem eu, nem os demais deputados, nem o governador precisamos do hospital João Alves como as pessoas humildes. Vamos ser honestos. Eu tenho plano de saúde. Vou para uma clínica particular. Agora, governador Marcelo Déda, as pessoas humildes continuam sem maternidade, sem o hospital infantil, sem um hospital para dependentes químicos... Por que não disse hoje (durante a visita) que estará devolvendo o hospital infantil? O orgulho, a prepotência. A falta de humildade para reconhecer: quem fez o hospital infantil foi o ex-governador João Alves. E se tivesse o hospital infantil não tinha esta crise na pediatria. Por isso, não participo de campanha. O governo diz que gastou R$ 300 milhões na saúde, mas não fez o dever de casa: não entregou o hospital infantil", disse, responsabilizando o Estado pela crise de pediatria.

Por Joedson Telles
Da redação Universo Político.com

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