segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EMPENHO DO CATETE


Segundo a Colunista Rita de Oliveira está faltando mais mobilização na campanha de Déda.

Falta a mobilização

Por Rita de Oliveira - em 27/08/10

Aliados importantes do governador Marcelo Déda (PT) começam a manifestar inquietação com os rumos que a campanha pela reeleição atravessa neste momento. Reclamam da burocracia excessiva para a liberação de material impresso, da dificuldade de acesso aos coordenadores de campanha, da falta de informação e da falta de agressividade no enfrentamento direto com o ex-governador João Alves Filho (DEM), principal candidato da oposição.

Na última terça-feira, por exemplo, na entrada do Iate Clube, onde estava ocorrendo uma festa de adesão de centenas de mulheres, o presidente estadual do PT e coordenador geral da campanha de Déda, Sílvio Santos, na frente de diversas pessoas, agiu com rispidez e descortesia com o prefeito de Capela, Sukita, que cobrou material de campanha.

Como apoia para o Senado as candidaturas de Albano Franco (PSDB-independente) e Valadares (PSB), Sukita quer panfletos e santinhos divulgando apenas a candidatura de Déda. O presidente do PT acha isso inconcebível e só libera material publicitário de Déda casado com os candidatos ao Senado da coligação - Valadares e Amorim (PSC). Resultado: não há campanha do candidato do PT em Capela.

Membros da própria coordenação da campanha que assistiram a cena, consideram esse casamento obrigatório da propaganda de Déda com os candidatos ao Senado um grande equívoco, porque, diante da áspera disputa eleitoral para o Senado, todos os candidatos estão fazendo campanha independente. Se o comitê de Déda não distribui propaganda sem os candidatos ao Senado, esses candidatos - principalmente Amorim - distribuem propaganda até sem a inclusão do nome do candidato a governador.

É frequente também ver candidatos importantes do bloco de Amorim, como o federal Laércio Oliveira e o estadual Victor Mandarino, dividindo palanques e inaugurando comitês conjuntos com o candidato do DEM ao governo.

Outra queixa recorrente é contra a pouca mobilização da campanha na capital, sem a festa das bandeiras, como ocorria em 2006 - tanto por parte dos partidários de João Alves quanto dos de Déda. Hoje, mesmo nos horários de pico, são poucos os que se apresentam nas avenidas e cruzamentos mais movimentados.

Os aliados não entendem como, em 2006, sem mandato, Déda mobilizava milhares de pessoas e hoje, no poder, as mobilizações se restringem aos grandes atos - caminhadas e carreatas - previamente organizadas.

Há quem diga que a empolgação da campanha de 2006 por parte de João era fruto da mobilização dos ocupantes de cargos comissionados no Estado, e a de Déda devido a ansiedade da população pelas mudanças.

Seria bom mobilizar a militância e simpatizantes, porque apesar de Déda vir aparecendo à frente nas pesquisas eleitorais feitas até agora, a falta de movimentação nas ruas pode favorecer a candidatura de João Alves Filho.

Fonte: Jornal do DIA Online

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